sábado, 1 de novembro de 2008

Ilha

Ao longe se vai o vento
atento fico
Aguardando a tempestade
Que ela não venha
Pois a ilha do meu corpo
já não aguenta ficar ao gosto
da fúria alheia

Existem várias marcas
Cicatrizes profundas
Que trago comigo
Protejo-me
Mas nas cargas do meu viver
Só vejo as cinzas
o trovejar e o chover
Meus pés estão na areia

Cansado estou
procuro a bonança
fujo do chicote do tempo
da tristeza
No limiar de um oásis
na balança da calma
na paz de um amor
de corpo e alma
trançada nesta espécie de teia

Durmo
o mesmo sonho mais uma vez
Que tu me queira
tanto quanto te quero
Que se torne realidade
O que tanto espero
Que meu sonho seja minha verdade
Que minha verdade
será minha bandeira

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