Eu tento repirar...
mas o pulmão dói.
Dói igual a quando tento levantar minha mão.
Não sei o que faço aqui.
Queria poder ir embora...
Mas tudo passa tão depressa...a dois dias era somente uma criança...ontem, um adolescente, que só tinha uma preocupação...passar de ano... e mesmo assim, como reclamava.
Podia olhar as meninas...
Falar-lhes algumas frases picantes...
E se retornado com um sorriso... alargar o peito e ir adiante.
Eu tento respirar...
Mas a cabeça me dói.
Dói de uma forma única e sem igual.
Como jamais doeu antes.
Queria poder ir embora...
Mas o escuro me envolve...me deixando imóvel.
Tantos dados da sorte lançados,tantas cartas marcadas passaram...
Quantos jogos ganhei?
Menos do que perdi...
Mas esta é a lei...
Penso, mesmo com toda a dor...
O que esta lá fora?
O que eu deixei?
Um punhado de areia...
Poucas idéias...algumas memórias em fotografias amareladas.
Só não sei se alguma lágrima...
Seria bom...
Não para quem as chora, mas para mim.
Sentiria-me amado...
Nem os copos de chopp lembrarão!
Eu queria poder dizer mais uma vez...
Olá...
Eu queria ver o sol, mais uma vez...só há escuridão...
Poder ter segurado aquela mão, que passou por mim,no meio de toda aquela multidão e ali,tive certeza de que era a minha metade.
Mas deixei ir embora...
Quero ir embora...
E tentar acertar meus erros...
Sorrir para quem cerrou os olhos para mim...
Eu só queria poder ir embora daqui...e ver o sol...ver a luz.
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